24/02/2017 / Fundamental 1, Nossa Escola

Reunião de pais, o fortalecimento da relação família-escola

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Ana Paula Fortes – Coordenadora Fundamental 1

As escolas, comumente, proporcionam momentos, ao longo do a
no, em que educadores e famílias se encontram para falar de aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento dos alunos e outras informações importantes do funcionamento e princípios da escola: as reuniões de pais.

Há diferentes objetivos e formas para que isso aconteça e eu gostaria de contar um pouco como isso se deu e se dá na Escola Miró, ao longo destes seus 25 anos.

Quando a escola foi inaugurada, havia pouquíssimas escolas em Ribeirão Preto que trabalhavam dentro de uma proposta mais inovadora de ensino, assim, o nosso papel, enquanto educadores da escola, era informar os pais sobre a metodologia de ensino adotada, os fundamentos teóricos que justificassem essa metodologia e como ela se dava na prática.

Nos primeiros anos da escola, o número de alunos era muito pequeno o que fazia dos encontros família e escola momentos de bate papo, em que podíamos falar da rotina escolar em detalhes e nos debruçar sobre as produções das crianças para discutir o percurso da aprendizagem de cada aluno à luz de algumas teorias. E se havia pouco recursos tecnológicos, na época, pois por incrível que pareça ainda usávamos máquinas de datilografar, retroprojetor, vídeo cassete… sobrava o grande entusiasmo de educadoras que acreditavam piamente no que faziam. Um entusiasmo que acabava por chegar até famílias. Foi dessa maneira que a escola começou a fortalecer essa parceria. E, aos poucos, ano a ano, o número de alunos e famílias cresceu, assim, nossos encontros “intimistas” precisaram ganhar novos formatos.

A princípio, as reuniões duravam duas horas, sempre no período noturno, e contávamos com um grande número de famílias participantes. Aos poucos, vimos as reuniões se esvaziarem e entendemos que tínhamos que rever formatos, tempo duração, horários e principalmente conteúdos, pois muitas vezes se tornavam enfadonhas por uma carga excessiva de teorias sobre aprendizagem.

Começamos a investir em outras possibilidades, como por exemplo, oferecer atividades em que os pais pudessem experimentar situações próximas daquelas vividas por seus filhos no dia a dia da escola, para que, “no lugar do aluno”, conseguissem perceber os conteúdos e objetivos do trabalho e, assim, acompanharem melhor o percurso de seus filhos. A participação em partidas de jogos matemáticos ou em uma aula de inglês, a escrita ou revisão de um texto, a escuta de uma história lida em voz alta pelos professores, a resolução de um problema de lógica, o debate de um texto, a realização de uma pintura ou desenho, a interpretação de um mapa foram algumas estratégias para as reuniões.

Ainda temos nessa nossa história, outras propostas como dinâmicas para os pais participarem e se colocarem mais, alunos contando sobre o que aprenderam e, sempre pensando em formas de aproximar os familiares da realidade escolar dos alunos, temos, esses anos todos, utilizado recursos de vídeos, fotos, ou as próprias produções que nossos aprendizes realizam em sala.

Ainda, para proporcionar um melhor entendimento do papel do professor e de como ele trabalha a partir das respostas dos alunos, muitas vezes ilustramos as reuniões com planejamentos e tabelas de avaliação de uso do professor e coordenação.

Nestes 25 anos, experimentamos muitas formas de realizar as reuniões, com grupos menores e maiores, em vários horários, com mais “pedagogês” como costumamos nos referir a aspectos teóricos que abordamos, com mais atrativos, para falar mais sobre a idade que estão passando, a fase do desenvolvimento ou para tocar mais emocionalmente os pais de forma que possam sentir o crescimento dos filhos.

Hoje, trazemos para nossas reuniões toda essa bagagem e experiências, que se juntam às condições atuais das famílias, (nos descabelamos para dar conta de tudo, trabalho, casa, filhos…), e nossas reuniões estão mais enxutas, em horários mais possíveis para a maioria das famílias e podem ser sobre vários aspectos educacionais, temáticas ou não. Muitas vezes abordamos temas que, historicamente, são de maior interesse das famílias de uma determinada turma ou idade, outras vezes partimos de enquetes sobre o que as famílias gostariam de saber mais do trabalho e, em grande parte das reuniões, apresentamos o que vai ser estudado ou o percurso já realizado de um estudo.

Com mais recursos midiáticos, as reuniões são mais ilustradas do que antes com slides, vídeos, fotos em que procuramos falar mais das práticas sem torná-las enfadonhas com uma chuva de informações teóricas.

Estamos agora querendo empreender mais a participação dos alunos nessas reuniões contando o que aprenderam! Já experimentamos colocá-los para falar, com combinação prévia durante o estudo. Algumas vezes, já fizemos, nas reuniões, apresentações que são produtos dos estudos, já exibimos vídeos com essa mesma intenção. Pretendemos realizar isso mais vezes e com mais afinco.

Nossas reuniões têm sido Realizadas em pelo menos três momentos do ano, com o principal compromisso de firmar a parceria da escola com família e assim favorecer a melhor participação da família na vida escolar do seu filho.

[Para saber mais sobre o que a Escola Miró pensa sobre essa parceria, acesse o nosso site na página “FAMÍLIAS E ESCOLA” (http://escolamiro.com.br/nossa-escola/familias-e-escola/ )]