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Ensino Fundamental 2

Entendemos a educação como uma possibilidade de transformação e de compromisso com um futuro possível!

Aspectos específicos

Estudo de campo

Nos ciclos 5 e 6, os estudos de campo se fortalecem como estratégia metodológica a favor da aprendizagem significativa. Nossos estudos sempre se vinculam aos objetivos pedagógicos curriculares e, normalmente, envolvem mais de uma área do conhecimento, estudos interdisciplinares. O contato com situações-problema reais tornam os estudos mais contextualizados. Por exemplo, uma visita à Câmara Municipal, uma apreciação no Museu de Arte ou um trabalho de reconhecimento da cidade contribuem muito para uma formação integral dos alunos.

Os professores responsáveis pelos estudos organizam o roteiro, elaboram o caderno de campo e trabalham em sala com os conteúdos prévios e posteriores à pesquisa em campo. Não contratamos agências de turismo ou empresas de estudo do meio, justamente para garantir um percurso didático coerente com os nossos princípios. As atividades fora do espaço da sala de aula compõem uma etapa das sequências didáticas. Nesse sentido, ir a campo serve como proposta para validar hipóteses, ampliar repertório cultural, disparar um estudo ou finalizar um projeto.

Os objetivos principais de um estudo de campo são:

  • Oferecer situações reais que contextualizem a aprendizagem;

  • Propiciar aos alunos a busca por novos pontos de vista e novas perspectivas;

  • Aprender como coletar dados em situações reais e utilizar o conhecimento científico para tentar explicar a realidade;

  • Estimular a autonomia, a solidariedade, a cooperação e a tolerância.

Assim, além da abordagem dos conteúdos conceituais curriculares, os estudos de campo são muito potentes para o trabalho com procedimentos e atitudes. Em contextos diversos e menos conhecidos do que a sala de aula, os próprios alunos reconhecem com facilidade a importância de fatores como solidariedade, responsabilidade e respeito para garantir a aprendizagem. Eles mesmos se regulam, exercem e refletem sobre as atitudes, estabelecendo um vínculo de respeito e companheirismo com amigos, colegas mais distantes e também com os adultos.

Além das saídas mais curtas a locais mais próximos, em cada ano do Fundamental 2 desenvolvemos uma grande viagem de estudos, que há vários anos já faz parte do nosso currículo e também da cultura da escola. As viagens são sempre muito aguardadas pelos alunos, que participam com entusiasmo e envolvimento.

  • 6° ano: Serra da Canastra

  • 7° ano: São Sebastião (Praia de Barequeçaba)

  • 8° ano: Ouro Preto

  • 9º ano: São Joaquim da Barra (Fazenda São Luiz)

Saiba mais sobre os aspectos específicos

Apoio ao estudante

A entrada no Fundamental 2 é recheada de desafios e novidades. Nesse momento, a necessidade de conciliar as exigências das diferentes disciplinas, o aumento das responsabilidades e dos trabalhos independentes e, principalmente, a ausência do professor de classe para mediar conflitos, monitorar as ações individuais em favor do grupo, entre outras coisas, exigem dos alunos grande capacidade de organização e aprimoramento das competências de estudante. Para oferecer o respaldo necessário a esse processo, a equipe pedagógica está sempre atenta; vários são os tipos de apoios com os quais os alunos do Fundamental 2 podem contar:

Aulas de Orientação Educacional

No ciclo 5 (6º e 7º anos) os alunos têm aulas semanais de Orientação Educacional que buscam apoiar os alunos nos diversos aspectos que envolvem a mudança para o Fundamental 2. São debatidos temas ligados à rotina dos estudantes como: o uso adequado da agenda, a organização do caderno, o uso do armário e a distribuição do tempo de estudo. Ademais, há uma preocupação latente de que o grupo de estudantes ocupe, de forma democrática e representativa, o lugar de referência deixado pelo professor polivalente. Por isso, nessas aulas são feitas mensalmente assembleias de classe e discussões em torno da construção de valores.

Recuperação Processual

Acreditamos que as necessidades diferenciadas que os alunos demandam devam ser atendidas de forma processual e constante, pois sabemos que as dificuldades e as “notas baixas” têm naturezas diversas e múltiplas: às vezes estão ligadas à não realização das lições de casa, ao pouco envolvimento nas atividades de sala, à falta de atenção durante as aulas, à não entrega de algum trabalho importante, ao baixo desempenho em uma avaliação, entre outras.

Por isso, a Recuperação no Fundamental 2 não está concentrada em uma semana ou uma prova ao final do trimestre, mas pulverizada em vários momentos e conta com diversos instrumentos - é o que chamamos de Recuperação Processual. À medida que se mostre necessário, os alunos são convocados pelos professores a cumprir algumas atividades extras, ou a virem à escola no período da tarde para realizarem trabalhos programados, assistirem a aulas extras ou tirarem dúvidas mais específicas acerca dos temas estudados nas diversas disciplinas.

Aula de apoio com a coordenação

Além desses momentos pontuais com os professores especialistas, a coordenação do Fundamental 2 também oferece um apoio semanal no período da tarde para os alunos com dificuldades relacionadas aos procedimentos de estudante (anotar e entregar as lições de casa, organizar os materiais, estudar para avaliações, realizar pesquisas, etc.) ou dificuldades relacionadas à língua escrita (ortografia, leitura, interpretação).

Grupo de estudos de Matemática

Na área de Matemática, oferecemos um grupo de estudos semanal no período da tarde. Uma turma é formada para atender às dificuldades básicas referentes à aprendizagem da área. Outra turma trabalha com desafios de Matemática para aprimorar ou desenvolver conhecimentos específicos da disciplina.

Clube de Ciências

Em Ciências também desenvolvemos um grupo de estudos no período da tarde, misturando os alunos dos dois ciclos. É uma atividade optativa em que os estudantes do Fundamental 2 decidem qual tema dentro das Ciências Naturais desejam pesquisar, e os professores especialistas da área desempenham um papel de orientador da pesquisa. Ao final dos estudos, os alunos reapresentam o conhecimento para os demais alunos da escola.

Trabalho com adolescência

Para promovermos desafios reais para os alunos e olharmos nossos estudantes de maneira integral, é primordial considerarmos as transformações latentes da adolescência. Em reuniões pedagógicas, o tema da adolescência está sempre entre os estudos desenvolvidos pela equipe docente, pois compreender melhor essa faixa etária possibilita sermos mais assertivos na mediação das relações sociais e ao mesmo tempo ajustarmos nossas opções metodológicas.

Dividimos o Fundamental 2 em dois ciclos (5 e 6), a fim de especificar melhor nossas intervenções nessas distintas fases do desenvolvimento.

Em geral, aos 11/12 anos, as crianças passam por grandes transformações nos aspectos físicos, emocionais e cognitivos, o que torna esse um momento de grandes conflitos e desafios. Os alunos encontram-se em uma fase intermediária em que a infância está acabando, mas a maturidade ainda está longe de ser atingida.

Por um lado, o “sentir-se grande” traz grande euforia e certa arrogância: “agora já sei o que devo fazer, e posso fazer tudo sozinho”. O anseio e a sensação de independência fazem com que os alunos dessa idade testem os limites, transgridam as regras (da escola e da família), arrisquem comportamentos distintos dos que estavam acostumados. Tudo isso é muito importante para o desenvolvimento deles, pois é arriscando que os alunos aprendem a arcar com responsabilidades e conhecem os limites.

Mas se por um lado essas mudanças são vistas com entusiasmo, por outro elas parecem ameaçadoras, pois da mesma forma que anseiam por independência, nessa fase as crianças ainda sentem necessidade de cuidados e precisam saber que têm a quem recorrer. Precisam sentir-se seguras e apoiadas, para superarem as dificuldades e se tornarem gradativamente autônomas.

Por tudo isso, uma conduta acolhedora e firme dos adultos se faz fundamental nessa fase. Não se trata apenas de prevermos castigos e punições aos “erros”, mas de garantirmos espaços e momentos para reflexão e conversas francas. Precisamos ouvir os alunos e nos aproximar de suas angústias, para que possamos ajudá-los a crescer. Entendemos que as sanções só fazem sentido se vierem acompanhadas por um profundo processo de reflexão, onde o aluno se veja no lugar do outro, perceba as desvantagens de se comportar daquela maneira e vislumbre formas de fazer diferente. É assim que trabalhamos com as transgressões e os infinitos descompassos tão típicos da adolescência.

Com relação à socialização e à convivência coletiva dos alunos, aos 11/12 anos as grandes transformações físicas, o desabrochar da sexualidade e a perspectiva do(a) homem/mulher que virão a ser são questões que começam a se revelar socialmente e é através do grupo de iguais, do reflexo do comportamento do outro, que as crianças se aproximam da sua própria identidade. Por isso, para alunos dessa faixa etária, a família passa gradualmente a ocupar um lugar diferente, mais exterior, e o grupo de amigos passa a ser o centro dos interesses.

Nesse sentido, precisamos revalorizar as concepções familiares no grupo, refletir sobre suas atitudes e comportamentos e também sobre atitudes e comportamentos dos outros; quanto mais puderem trocar, comparar, cooperar, perceber diferenças, enfim, entenderem-se por semelhanças e reciprocidades ou por diferenças, mais conseguirão se relacionar de maneira madura e ética.

É esse o principal foco das aulas do Projeto de Convivência na Adolescência (PCA) que surge, a partir do 7º ano, como um espaço para reflexão e diálogo sobre as questões relacionadas ao desenvolvimento da sexualidade e às formas de relacionamento humano. Trata-se de uma aula semanal, onde os alunos desenvolvem projetos, fazem leituras, conversas mediadas, recebem informações, debatem anseios e opiniões a respeito de tudo o que envolve essa fase do desenvolvimento.

No ciclo 6, os alunos entre 13 e 15 anos formalizam e tomam consciência de muitos aspectos trabalhados nos anos anteriores. Nessa fase, os jovens já são capazes de trabalhar no mundo das ideias com maior fluência, perceber metáforas, colocar-se no ponto de vista do outro e em intersecção com o seu, perceber a relatividade do que veem e sentem.

Socialmente os jovens se tornam mais autônomos para resolverem os conflitos e se enxergarem nos grupos. Passam a se relacionar com os iguais de forma mais autêntica, sem buscar tantos recursos em estereótipos, o que traz à tona uma identidade mais própria, embora ainda bem pautada no grupo.

Cognitivamente, eles se aproximam contundentemente e exercem em vários âmbitos o pensamento formal, mais próximo do pensamento adulto. Já são capazes de estabelecer relações múltiplas entre as áreas e informações, pensar com lógica por meio de ideias sucessivas, sem ter de voltar à estaca zero e conseguem abstrair com maior habilidade. Por tudo isso, a capacidade argumentativa dos alunos nessa idade se sofistica; as discussões são cada vez mais maduras e embasadas, conseguem com mais facilidade considerar múltiplos fatores para formar e dar a própria opinião.

Apesar de todas essas conquistas, muitos ainda são os desafios de formação para os alunos do ciclo 6. É hora de concluir o Ensino Fundamental e garantir as capacidades de estudante que serão necessárias para as outras etapas da escolaridade. Também é hora de ampliar o olhar, que sai do próprio ego e do próprio círculo social para alcançar a sociedade como um todo, entendendo as responsabilidades e deveres de um bom agente social.

Para que possam exercitar e ampliar todas essas novas possibilidades, é necessário que o currículo do ciclo 6 contemple estudos e atividades relacionados à argumentação, à sistematização dos conteúdos mais abstratos e ao aprofundamento da capacidade de relacionar conhecimentos. Temos, por exemplo, o estudo de textos dissertativos e aspectos gramaticais que os tornam mais claros e contundentes; o uso constante de debates, discussões e reflexões coletivas durante as aulas; a análise de fatos e dados e as interpretações cada vez mais complexas dos contextos. Nesse sentido, o 9º ano conta com a disciplina de Atualidades, que se insere na grade curricular para promover a ampliação do olhar social dos alunos, de maneira mais politizada e crítica.

Esportes

No Fundamental 2, a ênfase passa a ser os esportes coletivos e competitivos, ao invés dos esportes colaborativos. Acreditamos que os jogos proporcionam aprendizagens importantes para os processos de socialização e crescimento de nossos alunos, que nessa faixa etária já estão mais maduros e prontos para lidarem com todos os desafios gerados pelas disputas esportivas.

O maior objetivo das aulas de Educação Física no Fundamental 2 é que os alunos percebam a importância da prática de esportes com finalidades de lazer, expressão de sentimentos e promoção de uma vida mais saudável. Além disso, que desenvolvam suas potencialidades corporais de forma democrática e não seletiva, exercendo sempre a cooperação, solidariedade, respeito e espírito de equipe, fundamentais não só para a prática dos esportes coletivos mas também para o desenvolvimento ético e moral dos nossos alunos.

Por tudo isso, damos muito valor às aulas de Educação Física, que fazem parte da grade curricular do Fundamental 2 assim como as outras disciplinas. No 6º ano, os alunos têm duas aulas semanais, e a partir do 7º ano, uma aula semanal de Educação Física, onde são trabalhadas as regras e técnicas dos principais esportes coletivos: basquete, futsal, handebol e vôlei. Além disso, é apresentada aos alunos uma ampla variedade de esportes, com aulas demonstrativas, vídeos, pesquisas feitas pelos alunos, entrevistas com atletas profissionais etc.

Além disso, oferecemos, no contraturno, treinos dos esportes coletivos trabalhados em aula (basquete, futsal, handebol e vôlei). Essas atividades são semanais, gratuitas e opcionais e servem como aprimoramento das aulas do período da manhã. Os alunos que participam dos treinos buscam aperfeiçoar as técnicas e são incentivados a participar de campeonatos interescolares.

Ainda com o objetivo de valorizar a prática de atividades físicas, em especial dos esportes, o Fundamental 2 conta com alguns eventos anuais, dos quais podemos destacar o Campeonato Interclasse e o Trekking.

O Interclasse acontece no início do ano letivo e tem como foco a integração dos alunos do Fundamental 2. Conta com os esportes coletivos convencionais, mas abre espaço para que também se valorizem outras habilidades, com disputas de xadrez, tênis de mesa e desenho. É um momento único para o fortalecimento das relações entre os colegas de sala, na medida em que as turmas precisam se organizar para pensar nas habilidades de cada um, formar os times e torcer! Além disso, abre espaço para que os alunos dos diversos anos se conheçam e convivam.

O Trekking da Miró é outro evento bastante aguardado pelos alunos do Fundamental 2. Trata-se de uma corrida de aventura disputada em grupos que são compostos por alunos de faixas etárias diversas. As equipes devem cumprir um trajeto predefinido, normalmente em uma pequena mata, canavial ou outro espaço natural, usando recursos como cartas de navegação e bússola. Mais um momento potente para a integração dos alunos e, principalmente, para o trabalho com valores como respeito às diferenças, à cooperação e à ética.

Conheça os Aspectos gerais

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