Famílias e escola

Como entendemos essa relação

Partimos do princípio de que a educação de crianças e adolescentes deve ser compartilhada entre escola e família, porém que cada instância deva ter seu papel definido na formação dos aprendizes.

Hoje a escola é um dos únicos e privilegiados espaços para que a criança, desde muito cedo, possa ser inserida na sociedade de maneira apoiada e sob o olhar da responsabilidade profissional dos adultos dessa esfera. A escola faz a ponte da família para o mundo, do domínio mais individualizado para o coletivo, da vida privada para a pública. Essa amplitude que se abre para as vivências, dentro de uma nova situação coletiva, faz com que a criança passe de “filho” para “aluno”, alguém que se insere em outra organização de princípios, com outras qualidades de valores e funcionamentos próprios. Constrói-se um novo papel social. Essa inserção no mundo social envolve aspectos individuais, direitos, responsabilidades e deveres. Família e escola devem, portanto, compactuar uma saudável e consensual relação de confiabilidade para, em conjunto, objetivar o crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes. A relação e a parceria que se estabelecem devem estar a serviço da autonomia do aluno.

Por fim, pensamos em uma relação transparente com as famílias, dentro de um campo democrático, de troca, abertura e acolhimento, mas acreditamos que as decisões da prática escolar caibam ao âmbito pedagógico-profissional, para que possamos criar propostas e possibilidades por meio das quais os alunos construam autonomia, desde bem pequenos.

Comunicação

Acreditamos nessa parceria e na possibilidade de que os respectivos valores, da escola e os da família, possam convergir e conviver. Por isso confiamos em uma comunicação frequente, ampla e clara do nosso trabalho em diferentes instâncias e formas de interação, para que, assim, as famílias possam acompanhar os principais desafios propostos pela escola e como o processo de ensino-aprendizagem de fato acontece.

Os nossos principais instrumentos e meios de comunicação para essa interação são:

• Reuniões, ao longo do ano, para apresentar, propor, ilustrar e tematizar o trabalho realizado ou temas de interesse mútuo;

• Relatos gerais escritos sobre os principais objetivos do trabalho, os encaminhamentos, os processos vivenciados pelos grupos e o desenvolvimento do trabalho nas diversas áreas do conhecimento. Esses registros têm formatos (sites, blogs, portfólios, news letters, etc.) que variam bastante, no decorrer da escolaridade, abrangendo uma rica gama de cobertura, atratividade e sentido para as famílias;

• Relatórios individuais, portfólios, tabelas de avaliação, cartas ou boletins que variam, dependendo da idade, e servem para informar o desempenho do aluno;

• Apresentação das produções dos alunos: exposições, painéis, seminários, sessões de vídeo ou slides, apresentações musicais ou teatrais, divulgação de textos, blogs, sites, instagrans etc.;

• Eventos como mostras temáticas, sábados de atividades culturais, recreativas e esportivas e festa junina;

• Palestras com profissionais da área da educação e áreas afins com temas da atualidade;

• Entrevistas ou conversas individuais com as famílias requisitadas pelos pais ou pela escola, sempre que existirem necessidades de esclarecimentos;

• Documentos informativos como circulares, convites, manuais de alunos e murais;

• Site, blog e redes sociais institucionais;

• E-mails.